NOVIDADE: O Brilho de Kontátus – O Cavalo do imperador Constantino que Levou a Luz de Cristo ao Império. - Folha Filmes
Há muito, muito tempo, no esplendor do Império Romano, viveu um cavalinho chamado Kontatus. Ele não era um cavalo qualquer. Tinha o pelo brilhante como o ouro ao sol, a crina ondulada e olhos que pareciam entender a alma humana. Kontatus morava nos estábulos do imperador Constantino, o Grande, o homem que mudou o destino do cristianismo e do mundo.
Estamos no século IV depois de Cristo, por volta do ano 312. Roma ainda era o coração do maior império da Terra. Constantino estava se preparando para uma batalha decisiva — a famosa Batalha da Ponte Mílvia, que aconteceria em 28 de outubro de 312. Foi nessa época que Kontatus se tornou o cavalo favorito do imperador.
Mas o que tornava aquele cavalo tão especial? Anos depois , já como imperador , Constantino havia ganho de sua mãe Helena, um prego, que foi usado na crucificação de Jesus Cristo, e mandou incorpora-los no freio e no bridão de seu cavalo Kontatus. O freio e o bridão de Kontatus — aquelas peças de metal usadas para guiá-lo — continham fragmentos dos pregos que crucificaram Jesus Cristo.
Sim! Aqueles mesmos pregos que prenderam as mãos e os pés de Jesus na cruz, quase trezentos anos antes, em Jerusalém.
Quem havia trazido esses objetos sagrados foi Santa Helena, a mãe de Constantino. Ela era uma mulher muito piedosa e curiosa sobre os mistérios da fé cristã. Já idosa, por volta do ano 326 d.C., viajou até a Terra Santa. Em Jerusalém, Helena mandou escavar o monte onde Jesus havia sido crucificado e, segundo os antigos escritos, encontrou a cruz verdadeira, a coroa de espinhos e os pregos da crucificação.
Quando voltou a Roma, Helena trouxe os objetos como relíquias preciosas. Dizem os historiadores antigos, como Sozômeno e Socrates Escolástico, que ela entregou um dos pregos a seu filho Constantino, e o imperador mandou que fosse fundido e colocado no freio de seu cavalo de guerra, para que o poder divino o protegesse nas batalhas.
E esse cavalo era ninguém menos que Kontatus.
Desde aquele dia, todos no estábulo do imperador o olhavam com respeito. As éguas e os outros cavalos chamavam-no, carinhosamente, de "Cavaleiro da Luz", pois acreditavam que ele brilhava sob a bênção divina. O velho tratador romano, Marco Aelius, costumava dizer:
— Kontatus não é apenas um cavalo... ele é guardião de algo sagrado.
Kontatus, embora fosse um cavalo, parecia entender tudo. Quando o imperador se aproximava, ele relinchava suave, abaixava a cabeça e olhava com ternura. Constantino o acariciava e dizia:
— Você é meu amigo e meu escudo, Kontatus.
Na Batalha da Ponte Mílvia, em 312, Constantino montou em Kontatus. O exército inimigo era poderoso, comandado por Magêncio, que também queria ser imperador. Mas na noite anterior, Constantino teve um sonho misterioso: ele viu uma cruz brilhante no céu e ouviu uma voz dizendo:
— In hoc signo vinces — “Com este sinal vencerás.”
Constantino mandou, então, pintar o símbolo da cruz nos escudos de seus soldados. E no dia da batalha, enquanto atravessavam o rio Tibre, Kontatus relinchou alto e forte, como se anunciasse a vitória.
E assim foi: Constantino venceu a batalha e entrou triunfante em Roma. Ele se tornou o primeiro imperador romano cristão e, pouco tempo depois, publicou o famoso Édito de Milão (em 313 d.C.), que deu liberdade de culto aos cristãos em todo o império.
Kontatus acompanhou o imperador em muitas outras campanhas e vitórias. Viajou com ele até a nova capital do império, Constantinopla (a atual Istambul, na Turquia), que foi fundada em 330 d.C.. Por onde passava, Kontatus era saudado pelos soldados e pelas crianças. Diziam que trazia sorte e paz.
Nos estábulos imperiais, os outros cavalos sonhavam em ser como ele. Havia a égua Aurínia, rápida como o vento, que admirava sua coragem, e o potro Marcellus, que vivia pedindo para ouvir as histórias das batalhas. À noite, Kontatus contava como o imperador, inspirado por Deus, guiava o exército sob o símbolo da cruz.
— Não é a força que vence — dizia ele —, mas a fé e a justiça.
O tempo passou, e Kontatus envelheceu. Constantino, que governou até 337 d.C., continuou a amá-lo como no primeiro dia. Nos últimos anos, quando o imperador já estava doente, mandou que o cavalo fosse tratado como um tesouro. O freio com o prego sagrado nunca foi retirado.
Dizem que, quando Kontatus morreu, o imperador chorou como uma criança. Mandou enterrá-lo com honras e mandou gravar em uma pedra:
“Aqui repousa Kontatus, o cavalo que carregou a fé de Roma e o coração de Constantino.”
Depois da morte de Constantino, muitos séculos se passaram, e as histórias sobre Kontatus se espalharam pelos monges e pelos viajantes. Alguns diziam que, nas noites de lua cheia, podiam ouvir o som de cascos vindo do céu — o trote de Kontatus, o cavalo do imperador, guardando a fé do mundo.
Hoje, nas igrejas e livros antigos, ainda há registros dos feitos da Santa Helena e dos pregos da crucificação. Um deles, dizem, repousa ainda dentro do freio do cavalo de Constantino, símbolo da união entre coragem e fé.
E assim termina a história de Kontatus — o cavalo que, com seu coração puro e seu passo firme, ajudou a mudar a história da humanidade.
Porque, às vezes, até os menores seres — até um cavalo gentil — podem carregar em si o poder de um milagre.
AUTOR: FONTE: FOLHA FILMES
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