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TURBULÊNCIA: Após operação, Vereador Thiago Tezzari declara em tom de humor que a única rachadinha em seu gabinete é de “pizza e bolo”



Investigação da Draco 2 e do Gaeco apura suspeita de rachadinha e peculato no gabinete parlamentar; Tezzari afirma estar tranquilo e atribui denúncia a ex-assessor em surto.

O vereador Tiago Tezzari (PSDB) se pronunciou publicamente após ter sido um dos alvos da Operação Face Oculta, deflagrada na madrugada desta sexta-feira (10) pela Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. A ação cumpriu 26 mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares de afastamento de função pública, atingindo o vereador e cinco assessores lotados em seu gabinete. 


De acordo com informações oficiais, as investigações apuram supostos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, com indícios de práticas conhecidas como “rachadinha” e “funcionários fantasmas”, utilizadas, segundo a apuração, para o desvio de parte dos salários de servidores comissionados. As medidas foram determinadas pela 2ª Vara de Garantias de Porto Velho, que também impôs restrição de acesso às dependências da Câmara Municipal e proibição de contato entre os investigados.

As buscas ocorreram em endereços residenciais, empresas e em uma associação cultural ligada aos alvos, com apoio do Decco, Draco 1 e 2, Decor, Denarc, GAF, Caex e Gaeco. O nome “Face Oculta” faz referência à suposta “parte oculta” dos vencimentos desviados dos assessores. 


Em entrevista ao jornalista Juan Pantoja, do Eu Ideal, Tezzari afirmou estar “muito tranquilo” e atribuiu as acusações a um ex-colaborador, que teria feito denúncia ao Ministério Público após um desentendimento pessoal. “Eu tive um companheiro de jornada, uma pessoa que me ajudou durante muito tempo e que eu ajudei demais essa pessoa ao longo dos últimos anos. E essa pessoa foi ao Ministério Público e fez uma denúncia de que teria rachadinha no meu gabinete, coisa que não ocorre”, disse.


O vereador relatou que tentou auxiliar o ex-assessor em um processo de internação por dependência química, o que, segundo ele, teria motivado uma reação de vingança. “Em determinado momento, na intenção de ajudar, me juntei à família dessa pessoa no sentido de internar ela por uma questão de dependência química, e essa pessoa nunca me perdoou por isso”, afirmou.


Tezzari ironizou as suspeitas de enriquecimento ilícito. “Eu quero entender como que é essa questão da rachadinha aí. A última coisa que eu tenho rachada no meu gabinete é pizza, bolo e refeições”, declarou, completando que está “mais pobre hoje do que no dia em que ganhou a eleição”.


Durante a entrevista, o parlamentar também comparou a operação desta sexta-feira a outra investigação que o atingiu anos atrás, quando atuou na licitação do transporte coletivo de Porto Velho. “Quando eu fui pra cima de interesses muito graves e salvei o transporte coletivo da nossa cidade, a polícia também veio na minha porta”, afirmou.


Ele sugeriu que as novas diligências também teriam motivação política, mencionando o embate com grupos empresariais do setor de limpeza urbana. “Agora, na questão do lixo, eu estou enfrentando interesses poderosíssimos. E não dá pra achar coincidência eu ser presidente da Comissão de Fiscalização da Transição do Lixo e, justamente agora, ter essa operação”, argumentou.
Tezzari disse acreditar que o desfecho será semelhante ao da primeira investigação. “Dois anos depois, o Ministério Público e a Justiça me inocentaram, devolveram meu celular e elogiaram minha decisão. Eu tenho certeza que agora vai ser o mesmo final”, declarou.


Questionado sobre os áudios que circulam nas redes sociais, atribuídos à pessoa que teria feito a denúncia, o vereador confirmou que se trata do mesmo ex-assessor. “É a mesma pessoa que num surto soltou áudios falando um conjunto de impropérios. A grande lição que eu aprendi é que, às vezes, a gente não deve se envolver nas questões individuais. A luta contra o vício é muito forte, e a pessoa nem sempre quer ajuda”, disse.


Ele reconheceu o constrangimento da situação, mas afirmou que não se arrepende de ter tentado ajudar. “Tudo parte de uma ação boa, de tentar ajudar uma pessoa a se livrar de um vício, e você passa por isso”, declarou.


Ao final da entrevista, Tezzari enviou uma mensagem à população de Porto Velho. “Eu continuo a ser a mesma pessoa. Os que gostam vão continuar gostando, os que não gostam vão continuar não gostando, e eu vou continuar trabalhando”, disse. Em tom de desabafo, completou: “A única coisa que eu aprendi agora é o seguinte: a próxima vez que eu trombar com algum dependente químico que quiser ajuda pra se tratar, eu não ajudo mais.”

FONTE: RONDONIADINAMICA.COM

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