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MANCHETE: Brasil arrecada mais de R$ 5,5 bi para fundo das florestas, mas sofre para conseguir investidores


Ao todo, 53 nações respaldaram o projeto apresentado pelo presidente Lula, mas só cinco nações, além do governo brasileiro, anunciaram apoio financeiro


O governo brasileiro aproveitou a Cúpula dos Líderes, que reúne Chefe de Estados e de governo, para lançar, nesta quinta-feira (6), o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, sigla em inglês para Tropical Forests Forever Facility), um projeto para proteger as florestas tropicais do planeta, como a Amazônia. O objetivo é captar US$ 125 bilhões (R$ 668 bilhões, na cotação atual) junto a governos e investidores privados, com o objetivo de recompensar financeiramente os países que mantiverem suas florestas preservadas. O TFFF busca mobilizar cerca de US$ 4 bilhões por ano, até chegar ao valor total.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi audacioso na previsão e disse que o investimento de governos deve atingir US$ 10 bilhões na etapa inicial. Nesta quinta-feira (6), primeiro dia de encontro, o Brasil conseguiu arrecadar mais da metade do valor previsto. Ao todo foram mais R$ 5,5 bilhões de investimentos. Porém, o valor vai contra o total de países que respaldaram a declaração apresentada pelo Brasil. 53 nações respaldaram o projeto, e o pouco investimento até o momento mostra que o governo brasileiro ainda vai ter um longa jornada pela frente para conseguir chegar à meta idealizada.

Confira os investidores:

  • Brasil: US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões)
  • Indonésia: US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões)
  • Portugal: US$ 1 milhão (R$ 5,3 bilhões)
  • Noruega: US$ 3 bilhões (R$ 18,5 milhões)
  • França: 500 milhões de euros (R$ 3 milhões)
  • Holanda: 5 milhões de euros (R$ 30 bilhões)

Alemanha vai anunciar o aporte na sexta-feira (7), e há expectativa que mais países o façam durante a COP30. Vale lembrar que a Noruega, é o principal doador do Fundo Amazônia. “É vital frear a destruição das florestas para reduzir os impactos das mudanças climáticas”, afirmou em comunicado oficial, o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre. O governo britânico, que fez parte da criação do TFFF, informou que não vai financiá-lo diretamente.

A Finlândia, apensar de apoiar a criação do TFFF, afirmou que o país não deve colaborar financeiramente – ao menos por ora. Os recursos captados serão investidos nos mercados e os lucros permitirão repassar a cada ano aos países em desenvolvimento uma quantia em dinheiro por cada hectare de floresta preservado, um poderoso fator de mitigação das mudanças climáticas e reserva de biodiversidade.

“O TFFF obteve apoio de países das bacias do Amazonas, do Congo e de Bornéu-Mekong. O Fundo de Florestas Tropicas será um dos principais resultados concretos no espírito de implementação da COP30. É simbólico que a celebração do seu nascimento seja feita aqui em Belém, rodeada de sumaúmas, açaizeiros, andirobas e jacarandás” afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Em poucos anos, poderemos ver os frutos desse fundo. Teremos orgulho de lembrar que foi no coração da floresta amazônica que demos esse passo juntos”, completou.

O governo brasileiro trabalha paralelamente para aprovar uma declaração internacional de apoio ao TFFF, uma das seis propostas que o País tenta emplacar na cúpula. O sucesso do fundo é visto como termômetro do protagonismo do Brasil nas negociações climáticas da COP30, marcada para 2025, em Belém (PA). Há expectativa de que novos anúncios de aportes sejam feitos durante a rodada de discursos de líderes ao longo da tarde, especialmente por países com grandes áreas florestais, que podem ser beneficiados pela iniciativa.

FONTE: JOVEM PAN NEWS

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